domingo, 30 de agosto de 2009

Ilusões

Um dia sentado em frente a sua imagem, pensando no que teria acontecido, questionava-se o porquê dos acontecimentos do dia anterior, e suas lembranças meio distorcidas apenas faziam seus pensamentos ficarem mais distorcidos, o que ele poderia pensar sobre aquilo que viu e ouviu?

Um ritual secreto, um pratica usado em momentos de pura solidão e dor, uma única voz soava leve e fraca em meio ao escuro gélido da noite, ele sincronizava suas palavras com o coração e a alma que pensa possuir, sua magoa agora visível, domina todo o seu pensamento, nada pode fazer senão terminar aquilo que começou. Sempre há dias negros, dias que gostaria que nunca mais ocorressem, mas este tipo de desejo, jamais pode ser contemplado.

Seu coração batia forte como o canto de um trovão em meio a mais linda tempestade, todo o seu ser estava focado em uma visão esplendida, não saberia dizer se era um anjo, ou uma mortal digna do titulo, seus traços perfeitos, suas palavras doces, seus gestos suaves, toda essa perfeição em frente aos seus olhos, passaria uma vida inteira ao lado desta “vida”.

Num momento, pensava estar em meio ao seu mais real sonho, navegava dentre todos os instantes como se aquela noite jamais acabasse. Seu corpo entorpecia-se daquela presença ao seu lado, absorvia cada detalhe, reparava em cada molhar de lábios que ela executava, tudo estava o mais completo e simples possível, e assim foi-se a noite dar lugar ao dia!. Dia que nasceu e morreu horas após!

Havia expectativas num coração calejado pelos ventos sulistas, um coração frio e calculista, mas que despertava para um novo instante de sol.

Sua intuição havia despertado como o por do sol, e mais uma vez avisou-o de que tudo estava perfeito de mais, aliando-se a razão, ambas planejaram uma previsão de dor a caos, tentando alerta-lo que tempos ruins já transpareciam no horizonte.

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