domingo, 4 de outubro de 2009

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No inverso do mundo sobre o ponto de vista oposto ao meu, decodifico o que nem sei escrever, palavras que soam como familiares, mas nada há para se dizer, somente frases dispersas no ar movimentando o eco que não se repete. Tento mostrar o que em mim há, mas não há o que em mim esteja, e assim perduro, de um local a outro sem nunca estar em lugar algum e voltando sempre para onde nunca estive, é assim, sempre assim. Procuro o intervalo mais curto entre mim e o exterior e somente os sentidos abrem as portas da percepção, vislumbro o universo como quem olha o através do espelho, e admiro o que não consigo ver. Procuro nexo no que digo, mas nem sei o que procuro entender, mas a importância disso é mínima comparada ao dizer.