Deparou-se com a estrada de chão que por dias caminhava, na duvida, com fome, sede, sem esperança alguma de chegar a algum lugar, caminhava como que se não tivesse outra escolha, os passos as vezes lentos, as vezes nulos, não havia calçamento, não havia calçado, não havia pensamentos, uma cabeça vazia guiando um corpo dormente.
(2 horas antes) em desespero, saiu a caminhar, na mochila levava meias sujas, uma bolacha de água e sal, uma dor e uma vontade de transcender a vida. Não havia mais lagrimas somente vazio, mas ainda sim caminhava, era noite, uma daquelas merecedoras de contemplação, uma lua perfeitamente amigável. Não tinha pessoas na rua, ninguém que pudesse perceber aquela presença semi-acordada. Numa esquina parou para comprar cigarros, e no bar uma mulher precisando de ajuda, em seu intimo, queria que todos ali ficassem com seus problemas, mas algo dentro de si o forçava a ajudar, então aconteceu que uma mulher ganhou ajuda e agradeceu com tudo o que tinha, um simples sorriso. Naquele instante, algo dentro de si, se modificou, que reação aquele sorriso poderia ter feito nele que não se importava com ninguém?
(2 horas e 30 min. antes) estava conversando com aquele que possui seu sangue, mas não possui seu caráter, se os 2 fossem 1, seriam perfeitos, a fúria de um e a paciência do outro, o instinto de um e a razão o outro, puro sangue que o destino fez questão de tornar opostos, nunca antes haviam trocado palavras amigas, palavras irmãs, nunca antes haviam se contemplado como irmãos, mas progenitora de ambos, com fúria contida devido ao fato de não ser mais a portadora da verdade, ira-se por não poder controlar os passos daqueles que já sabem trilhar o caminho. Em disputa de palavras, uma pergunta é feita.......silencio......nenhuma resposta, ela não sabia a resposta!.
(3 horas antes)..........................
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